quarta-feira, 8 de julho de 2015

Processo de mudança, como? continuação...

Em continuidade ao texto anterior, prosseguimos com a saga dos pioneiros Americanos, que encontraram na travessia do Leste para Oeste, toda e qualquer sorte de obstáculos, pondo em dúvida  o prosseguimento da jornada.

....O caminho longo e difícil, fez com que muitas coisas fossem deixadas para trás, mantimentos foram acabando, e agora uns dependiam dos outros , comida , água, remédios eram repartidos, pois perceberam que juntos tinham mais força que sozinhos, e quando se deram conta disto, conseguiram atingir as montanhas, no entanto novos perigos surgiam, neve, gelo, passagens estreitas e pedras.

Frente aos novos desafios os viajantes tinham reações bem “humanas”, “Não fazia idéia que era tão difícil”, “Não seria melhor voltar?”, “éramos felizes e não sabíamos”, agarravam-se as carroças e faziam de tudo para evitar novos sacrifícios, e então surgiam sugestões desesperadoras como, ‘ Será que não podemos contornar as montanhas ao invés de subi-las?”, “Não seria melhor desembarcar e caminhar ao lado das carroças?” Podemos empurrar as carroças para não descarregar nada?” 

 Mais uma vez era evidente que descartes deveriam ser feitos, que só poderiam deixar nas carroças o que realmente era indispensável á sobrevivência.
Aquela cômoda que herdei de minha vovó, os livros que guardei com tanto carinho, quadros que lembravam o meu passado, utensílios que utilizava na minha antiga casa, enfim, decisões deveriam ser tomadas e rapidamente, pois se chegasse o inverno não mais conseguiriam atravessar as montanhas.

Os poucos que restaram conseguiram chegar ao topo da montanha, mas ao invés de belos vales, terras férteis, se deparam com uma descida perigosa, um deserto quente e poeirento pela frente, enfim não chegaram a terra prometida e haviam deixado para trás tudo o que tinham conseguido até aquele ponto de suas vidas.

Dúvidas, arrependimentos, acusações também se faziam presentes, “Será que chegaremos a algum lugar?”, “Sem meus pertences como iniciarei nova vida?”, “Quem está no comando desta empreitada afinal?”, “De quem foi a idéia desta jornada?”, “Seguramente havia um caminho mais fácil” , “Onde estávamos sabíamos o que fazíamos”, “Vou continuar , mas não me peças para liderar, assumir responsabilidades, pois esta idéia não foi minha”, “Vou ficar aqui atrás e apontar os erros alheios , sempre que os ver”.

Para descer as montanha e atravessar o deserto, todos tinham mais uma vez que fazer força, empurrar as carroças, desfazer-se do que não era útil naquele terreno, neste momento, valores, crenças, rixas antigas reapareciam, discussões sobre o melhor caminho eram frequentes, grupos se separaram em busca de atalhos.
Era difícil aceitar que na nova terra, o que faria a diferença não era o que se tinha no início da jornada, mas o que se adquirira durante a mesma, como, inteligência, coragem e disposição para enfrentar riscos, criatividade e engenhosidade, conhecimento e experiência, flexibilidade, confiança nas pessoas.

Enfim, chegaram em Oregon, porém, quando pensaram que não teriam mais dificuldades, vieram novos desafios pela frente, rios com trilhas perigosíssimas, animais selvagens, ambiente desolador, pouquíssimos suprimentos, carroças em pedaços, animais e homens esgotados, desmatamentos a fazer, casas a construir, tempestades a sobreviver, etc.

Durante toda esta trajetória, os que acreditaram e sobreviveram,  aprenderam que sempre teriam que estar reavaliando suas prioridades e visão de futuro, os que entenderam, sobreviveram e os que sobreviveram, puderam tirar da nova terra tudo aquilo que lhe fora prometido e finalmente haviam aprendido que a jornada nunca termina, e as mudanças são constantes.


Pense nisto, sucesso !

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