terça-feira, 7 de julho de 2015

Novos tempos, exigem mudanças, e rápidas !

Com a globalização, não há mais fronteiras entre as nações, ou seja, diariamente somos expostos a oscilações que afetam desempenho econômico x financeiro do país onde vivemos, consequentemente da empresa e segmento de mercado onde atuamos. Esta nova ordem mundial impõe as organizações a necessidade de adaptabilidade, ou seja, mudanças cada vez mais rápidas e abruptas.

Desde o surgimento do universo, podemos considerar como verdade absoluta  que perdura através dos séculos é a  necessidade de mudar. O ser humano desde o paleolítico até o “homo sapiens” tal qual nos conhecemos tem vivido bruscas mudanças, permitindo assim sua evolução na história. A pergunta que fica é; se a necessidade de mudança sempre existiu, por que o homem de hoje resiste tanto ao novo? 
Uma entre várias respostas, é que até não muito tempo atrás, as mudanças demoravam a acontecer, proporcionando assim tempo hábil para adequação aos novos tempos, mesmo assim, muitos morreram sem conseguir adaptar-se ou simplesmente por resistir ao novo.

Atualmente, as mudanças acontecem a uma velocidade tal, que quando estamos nos acostumando a um sistema, logo vem algo que nos derruba, temos que nos levantar e nos adaptar a um novo método, novo procedimento, nova ordem, enfim temos que estar em constante mutação. Isto tem dificultado em muito o processo de aceitação, “mude todo dia um pouco, para continuar o mesmo”.
O homem é o único animal racional conhecido até então, conferindo a este a capacidade de análise e tomada de decisão, assim, a partir do momento que comparamos onde estamos, o atual x novo, o desconhecido, o imaginário, fatalmente nos faz decidir pelo que conhecemos, pelo atual. Somos hoje o que decidimos e aprendemos ontem.

Para auxiliar na compreensão, desde a infância somos condicionados, tanto pela família como pela sociedade a aceitar e nos conformar com aquilo que conhecemos, sentimos, que podemos de certa forma dominar. Quando crianças, na fase onde tudo é gravado em nossa mente, onde forma-se o aprendizado, são comuns frases do tipo: “não pinte as folhas da árvore de roxo, pois elas são verdes”, “não coma melancia com leite pois faz mal”, não faça isto, não faça aquilo, ou seja, toda vez que houve pré-disposição para experimentar ou fazer algo diferente fomos “podados”, nos forçando acreditar que o que não conhecemos, que o que não dominamos, não pode ser feito, está fora do padrão,  é perigoso, nos faz mal.
Conforme Lopes, Cintia  (Fale para que eu te veja - 2004 – pág. 22): Os medos que você adquiriu sempre se traduzem em mensagens verbais, que você repete para si mesmo o tempo todo. O medo do fracasso é caracterizado por expressões da própria personalidade, como “É inútil”, ou “ Não posso”. Isso é causado pelo fato de se ter ouvido vezes sem fim , quando criança, expressões como, “Não”, “Não faça isso”, “Fique longe daquilo” ou “Não mexa aí”.

Perceba, que na infância somos programados a resistir, somos convencidos a não enfrentar o novo, não fazer algo diferente, ou seja, ao pintar folhas de vermelhas, ao invés verdes, você será repreendido. Neste momento são criados paradigmas, que no decorrer da vida resistimos a rompe-los, isto quando são rompidos. 

Ao levarmos isto para dentro das organizações, é possível entender o motivo de muitas terem problemas nos processos de mudança, sim,  pois estas devem ser  efetuadas pelos funcionários que lá estão, no entanto, estas mesmas pessoas são as que cresceram temendo o novo, convictas que a “folha da árvore só pode ser verde”, etc.

Cabe aos líderes gerir processos de mudança, no entanto se não possuírem este entendimento, tomarão como como premissa um único paradigma, ou seja, de que as pessoas são teimosas, que não adianta falar, que simplesmente não mudam por que não querem, ou seja, tem a leitura somente do momento e comportamento atual, e,  ao invés de trabalhar num ambiente que propicie a mudança, faz-se justamente o contrário, transformando a organização num “campo de batalha” onde já se sabe quem será a grande o grande perdedor.


Pense nisto, sucesso!

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