terça-feira, 17 de maio de 2016

Métodos de apropriação de custos x preço

Na elaboração do preço, o gestor deve ter claro conhecimento e discernir algumas contas como;

a)  Gasto: é sacrifício que a entidade arca para obtenção de um bem ou serviço;
b) Custo: é o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou
     serviços;
c) Despesas: bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de
     receita;
d)  Investimento: é o gasto com bens ou serviços, ativado em função de sua vida útil.

É necessária também a utilização de dados contábeis, onde estão relacionados todos os gastos, alocados nas respectivas contas, o que possibilita analisar e interpretar o consumo de recursos para obtenção do produto e serviço. Segundo Leone (1991, p. 11): 

Além disto, não menos importante, ter conhecimento dos métodos de apropriação de custos, os quais aplicados de forma correta, asseguram a rentabilidade esperada.

Custeio por Absorção; método de custeio por absorção consiste na apropriação de todos os custos utilizados na elaboração de produtos ou serviços. Este método é adotado pela maioria das empresas por atender as exigências fiscais e societárias. Martins (2003, p 37) afirma que:
O custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos (...). Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.
Este método pode levar o gestor a tomar decisões equivocadas, tendo em vista, a aplicação do rateio contábil dos custos fixos.

Custeio Direto (Variável); este método leva em consideração apenas os custos que têm relação direta com a produção e vendas. O custeio direto ou variável segrega os custos e despesas fixas, tendo em vista que estes ocorrerão independente de ter ou não vendas ou do volume produzido. Crepaldi (1998, p.111) afirma que:
O custeio variável (também conhecido como custeio direto) é um tipo de custeamento que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custos de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período.

ABC - Custeio Baseado em Atividades; Segundo Martins (2003, p.87), “o Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC (Activity-Based Costing), é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”. O ABC , é um método de custeio que visa dar um tratamento nos custos indiretos tendo como base as atividades da empresa, independentemente de sua relação com o volume.
O método baseado em atividades – ABC, vem ganhando terreno nas organizações em relação a metodologias de custeio e controle dos gastos empresariais. Este sistema, permite uma análise que não se restringe ao custo do produto, sua lucratividade, sua continuidade ou não, permite que os processos que ocorrem dentro da empresa também sejam custeados.

Custo Padrão; O custo padrão não é um método de custeio, é uma ferramenta de controle aplicada em qualquer dos métodos adotados pela empresa. Serve como instrumento de avaliação, com a finalidade de planejar e controlar custos. O custeio padrão define uma meta a ser alcançada no curto e médio prazo, permite ao longo de um período aferir, comparar, entre o que estava planejado e o realizado. Martins (2003 p.315) define o custo padrão como “o valor que a empresa fixa como meta para o próximo período para um determinado produto ou serviço [...]. É um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não impossível”.

Aprofundar conhecimento neste tema, é preponderante na condução do "p" de preço do composto de marketing, 

Pense nisto, sucesso !!!

LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: planejamento, implantação e controle.
ed. São Paulo. Atlas, 1991.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: Teoria e prática. 1 ed. São
Paulo Atlas, 1998
Fonte, trabalho conclusão curso - Adir Nolli - MBA em gestão comercial, ano 2015


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