Em qualquer
segmento do mercado, o cliente tende a ditar o preço do produto ou serviço, ao
mesmo tempo em que exige atendimento com excelência. Na outra ponta, temos
todos os gastos necessários á produção dos bens e serviços e os acionistas, que buscam
maximizar capital investido.
Esta conjunção de fatores não pode ser
desconsiderada quando da definição da estratégia de formação de preços de
venda. Santos (1994 p.133) descreve que
“o problema da formação dos preços está ligado às condições de mercado, (...)
aos custos, ao nível de atividade e à remuneração do capital investido
(lucro)”. Segundo Santos (1994 p. 17), “o preço de venda de um produto qualquer
é formado pelos seus custos marginais e pela sua margem de contribuição,
composta dos custos estruturais fixos e do lucro”, Já para Assef (1997 p.1) "(...)
quem forma o preço é o mercado em que ele se insere. Para alijado da competição
o empresário deve conhecer perfeitamente as regras de participação. Se pensar
diferente e estabelecer seu preço somente considerando premissas de custos e
margem, certamente está a meio caminho da dificuldade e falta de
competitividade"
Assef (1997 p.2) também afirma que a “identificação e
o conhecimento do mercado de atuação, das condições comerciais e mercadológicas
das empresas concorrentes são essenciais na formação dos preços de venda”. Bernardi
(1998 p. 218) enfatiza, “o preço que o mercado estaria disposto a pagar não
significa o mais alto possível a ser praticado, mas aquele que representa valor
para o consumidor, o que resulta num preço competitivo”.
A formação de preço deve
estar alinhada à realidade da empresa e do mercado em que atua, com a demanda e
oferta dos produtos. A adoção da correta estratégia para formar os preços de
venda facilita tomada de decisões, permitindo maior assertividade na projeção
de resultados.
Além do mercado, concorrência e dos gastos, o ciclo de
vida do produto/serviço também é uma variável importante na formação do preço
de venda. O conhecimento destas etapas, alinhado ao conhecimento/entendimento
do mix de produtos/serviços x o enquadramento destas, permite disponibilizar ao
mercado preços competitivos.
Assef (1997 p. 3-4) divide as etapas de ciclo de
vida dos produtos e serviços da seguinte maneira
Introdução: no início de vida dos
produtos e serviços os investimentos são altos no desenvolvimento, no marketing
e em pesquisas para aprimorar o produto. Os preços dos produtos nesta etapa
tendem a ser elevados, muitas vezes com resultados financeiros negativos, em
face dos elevados investimentos.
Crescimento:
nesta etapa os investimentos no desenvolvimento estão sendo amortizados, o
produto já é razoavelmente conhecido e os custos na imagem do produto são
reforçados, a fim de ganhar proporções no mercado. Os preços já embutem margens
de lucro.
Maturidade:
é o período de maior lucratividade para a empresa, as vendas estão em seu
volume máximo, os investimentos no desenvolvimento do produto são mínimos,
normalmente ocorre investimentos no layout do produto. Os preços já atingem os
maiores patamares permitidos pelo mercado. As empresas buscam a manutenção pelo
maior período de tempo nesta etapa.
Declínio:
nesta fase percebe-se uma queda acentuada nas vendas do produto, os investimentos
praticamente não existem, as margens tendem a ser negativas e muitas vezes o
preço é elaborado para a eliminação de estoque.
Na elaboração do preço, o gestor deve ter claro
conhecimento e discernir algumas contas como;
b) Custo: é o gasto relativo a bem ou serviço
utilizado na produção de outros bens ou
serviços;
c) Despesas: bens ou serviços consumidos direta ou
indiretamente para a obtenção de
receita;
d) Investimento:
é o gasto com bens ou serviços, ativado em função de sua vida útil.
É necessária também a utilização de dados
contábeis, onde estão relacionados todos os gastos, alocados nas respectivas
contas, o que possibilita analisar e interpretar o consumo de recursos para
obtenção do produto e serviço. Segundo Leone (1991, p. 11): "A
contabilidade de custos é designada como o conjunto de princípios e normas que
permitem o registro e o controle de todo o movimento do processo produtivo e a
agregação de todos os elementos que formam o valor pelo qual devem ser
refletidos na posição patrimonial os produtos e a produção em processo".
Pense nisto, sucesso !!!
Fonte: Trabalho conclusão curso MBA em estão Comercial - Adir Nolli- Ano 2015
ASSEF, Roberto. Guia prático de formação de preços: aspectos
mercadológicos,
tributários e financeiros para pequenas e medidas empresas. Rio de
Janeiro: Campus,
1997
SANTOS, Joel José
dos. Formação de preços e do lucro: Custos marginais para
formação
e preços referencias. 4. ed. São Paulo: Atlas. 1994.
BERNARDI, Luiz
Antonio. Política e Formação de Preços: uma abordagem competitiva e
sistemática e integrada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998
LEONE, George
Sebastião Guerra. Custos: planejamento, implantação e controle. 2º
ed. São Paulo.
Atlas, 1991.
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