O Brasil vive seu maior apagão de responsabilidade, chegamos ao ponto de perder o grau de investimento devido a inércia e principalmente a pequenez dos que estão á frente dos destinos do país.
Para melhor entender, o grau de investimento de um país se assemelha ao índice de crédito de uma família. Melhor explicando; Em nossa casa, todos os meses entram receitas, representadas pelo salário ou qualquer outra fonte de renda decorrente de nosso trabalho. O valor que entra tem um teto, ou seja, um valor máximo que conhecemos, podendo eventualmente ser um pouco maior ou menor, dependendo do que possa ocorrer durante o mês ( doença, faltas, hora extra, etc). Na outra ponta temos as despesas, como luz, água, aluguel, mercado, educação, vestuário, farmácia, entre outros.
Nas famílias onde há boa administração, consegue-se o equilíbrio entre receitas e despesas, e dentro do possível efetuar poupança( guardar um pouco para momentos de turbulência). Contas em dia e poupadora, a família que buscar empréstimos em bancos terá sua avaliação positiva, terá crédito, consequentemente conseguirá linhas com juros menores, maior facilidade de pagamento, etc.
Se por algum motivo esta família tiver algum problema no decorrer do período em que realizou algum empréstimo ( atraso no pagamento de prestação, inadimplência no mercado, etc.), é convocada pela agência, instituição financeira e avisada, caso não agir para solucionar a situação afetará o crédito, terá que renegociar, pagar juros maiores, tem sua imagem "arranhada" na comunidade onde vive, etc.
Caso tomar ações de contenção( corte de gastos desnecessários, economia de luz, água, combustível, etc) , conseguirá dar a volta por cima, manter o selo de bom pagador e tocar a vida normalmente.
O Brasil vive neste momento situação onde " foi chamado" pelas instituições, foi alertado sobre a situação, escancaradamente foi lhe passado que caso da não tomada de medidas de contenção, assim como uma família comum, perderia o selo de bom pagador, isto acompanhamos na semana que passou e o desenrolar estamos acompanhando no dia a dia através dos noticiários.
A comparação que aqui apresentamos de maneira simples não tem a intenção de análise econômica, pois não tenho formação acadêmica na área, mas sim chamar a atenção destes que como um pai ou mãe de família, mesmo sendo alertados que as ações que vinham e vem sendo tomadas colocariam o país nesta situação, simplesmente ignoraram, mais do que isto, olharam e continuam olhando somente para seu umbigo, suas convicções( se é que podemos chamar de convicções atitudes que depõem contra uma nação) e nada fizeram para mudar o rumo da tragédia anunciada.
Nos perguntamos, qual sensação de um político ir a tribuna e discursar usando de clichês "sabíamos o destino do país", " vejam onde chegamos", " estamos diante de uma tragédia anunciada" , etc., etc., ?
Não sou a favor nem contra partido algum, sou cidadão e entendo que após ser eleito um político deve defender os interesses da população, do seu país e não do seu partido, lobistas e alguns poucos "privilegiados".
Ouvi estes dias, está na hora de Dilma, Lula, Fernando Henrique, Aécio Neves, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, trancaram-se em uma sala e somente sair de lá após pararem de olhar para si, construir uma agenda positiva e então colocar o país de volta aos trilhos do crescimento e prosperidade.
O Brasil é grande, tem muitas riquezas naturais, tem um povo extremamente ordeiro e que nunca desiste, com certeza sairemos desta, no entanto com um pouco de vontade e patriotismo destes que nos comandam, o caminho poderá ser encurtado e em muito.
Esperamos que após este golpe, a tão esperada "seriedade política na condução dos destinos" volte a habitar Brasília, transforme políticos em homens e mulheres em "pais e mães" desta grande família chamada Brasil.
Viva o Brasil, viva o povo que verdadeiramente trabalha em pró de nosso país !!!!