No ultimo post comentamos sobre o comportamento humano de transferir a outrem responsabilidades e obrigações, comportamento este, comum em todos os papéis em que atuamos, seja a nível pessoal, quanto profissional.
O universo em que vivemos muda drástico e rapidamente, exigindo adaptação. Esta sentença vem sendo disseminada desde que Heráclito, pensador e filósofo afirmou " a única coisa que não muda é a mudança".
Por necessidade, por aderência, por osmose, enfim, devido a alguma "onda", todos, eu e você, com maior ou menor rapidez nos inserimos, nos enquadramos ao novo, mesmo que contrariados ante ao padrão, "modus" que se estabelece.
Trazendo este conceito para o universo profissional, talvez o maior dos obstáculos seja mesmo o comportamento de contrariedade ante um novo processo, uma nova forma, um novo padrão. É muito mais fácil esconder-se, ancorar-se no padrão conhecido, que aderir a nova proposta.
Esta forma de comportamento, sem dúvida alguma, prejudica em muito o avançar das organizações, pois trava o processo de mudança, de adaptação, exigindo dos líderes(neste caso líder da mudança, não necessariamente de escala hierárquica) esforços suplementares sobre algo que não há volta.
Uma organização, seja qual for, orbita em dois ambientes, cujos devem ser acompanhados diuturnamente(o ambiente interno e ambiente externo). Os dois ambientes são correlatos, ou seja, o que faço num, é percebido e sentido no outro.
O que difere um ambiente do outro é o volume e intensidade das mudanças. O que vem do ambiente externo, é similar a um "tufão", chega, passa, exige adequações. Em organizações flexíveis, ficam o rastro e alguns estragos, em organizações inflexíveis, os estragos são enormes, assim como o tempo de recuperação.
Organizações são compostas por recursos humanos, financeiros, materiais, tecnológicos e ambientais. Recursos humanos, ou melhor, as pessoas que compõe a organização são as únicas que podem fazer diferença ante ao novo, afinal está sob a tutela deste recurso todos os demais recursos.
Tanto em organizações com maior flexibilidade, quanto nas mais inflexíveis, encontramos indivíduos que se "protegem" através da negação, através do modus operandi de transferir a outro responsabilidades que se assumidas, facilitariam e tornariam o dia a dia mais eficaz. Nas organizações flexíveis, face a culturas voltadas para resultado o processo torna-se mais ameno, diferente de organizações inflexíveis, com culturas voltadas ao corporativismo.
Entender, conhecer o ambiente e organização onde estou inserido é preponderante para enfrentar as demandas atuais, porém, tão ou mais importante e determinante, é saber quem sou, onde me enquadro. Sou do time com foco em resultado, portanto, aberto e influenciador do novo? Sou do time dos corporativistas, que buscam transferir a outros responsabilidades, não se abrem, muito menos comungam do novo?
No filme um monge a prova de balas, em uma das cenas o ator principal responde ao ser indagado pelo aprendiz " Conhecer ao outro e ao ambiente é ser sábio, conhecer a si mesmo, é ser iluminado".
Reflita sobre isto, sucesso !!!
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