segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O mundo em eterna mutação

Interessante, instrutiva, acadêmica edição da Revista Exame - Agosto 2017 - primeira de uma série que comemoram 50 anos de sua primeira edição. Com título de capa as 7 idéias que estão mudando o mundo, o exemplar traz informações valiosas que apontam para movimentos que estão transformando nosso dia a dia, tanto a nível profissional quanto pessoal.
Ao olharmos no retrovisor da história, evidenciamos saltos qualitativos e quantitativos em momentos específicos, que deixaram para traz uma era, trazendo inovações, melhorias, ganhos, perdas, novas perspectivas e velhas preocupações.

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Não temos como voltar e sentir, mas muito provável que em todos os momentos de ruptura os sentimentos dos que viveram a época devem ter sido muito parecidos com nossos dias(guardadas as devidas proporções)
A invenção da roda, do fogo, da eletricidade, a revolução industrial, a produção em massa, revolução da qualidade, a diferenciação, a internet, revolução tecnológica, nanotecnologia, industria 4.0, enfim, percebemos nesta sequência( assim como outras aqui não descritas), que em cada momento o homem teve em cada tempo a necessidade de adaptação, de entendimento e acomodação a nova ordem.

O que difere o momento que vivemos, com as grandes rupturas ocorridas no passado tem haver com a forma, ou seja, da mesma forma que a robotização do trabalho, grandes mudanças apontadas acima tinham ou tem  em sua essência  a inovação de algum processo, agora, estamos diante de um nova ordem que interfere em sistemas(sistema de governo, de distribuição de renda, da intolerância, da mudança de hábitos). 

O homem da atualidade, tem diante de si a oportunidade e o desafio de encontrar o caminho para um futuro sem traumas, sim sem traumas, pois enquanto as rupturas que trabalharam ou trabalham  os processos , permitiram melhorar qualidade de vida, o momento de polarização, que interfere em sistemas, dissemina  nos  mais variados níveis e classes sociais linhas de pensamento e ideologias que poderão deixar sequelas que custarão caro as gerações vindouras. 

Estas ideologias podem ser vistas ao nosso lado, como em várias partes do mundo. Na última eleição presidencial do Brasil, tivemos amostra desta divisão quando o país foi dividido em duas cores. Não houve discussão acerca de um pensamento econômico, e sim, defesa de ideologia, que quando levada ao extrapolação tem características extremistas. Recentemente esta mesma forma de pensamento levou Donald Trump ao cargo mais alto dos EUA, sem falar do  crescente avanço do estado islâmico, de regimes como o da Coreia do Norte, entre outros.

Diante desta nova ordem, cuja não temos como evitar, cabe a esta geração, a mesma geração que recebeu um mundo totalmente analógico e o está entregando altamente tecnológico, a responsabilidade de trabalhar para que além da tecnologia de ponta, possamos iniciar a  construção de nova ordem, onde seja possível conviver de maneira harmoniosa, onde a tolerância seja plena, onde valores como honestidade, transparência, integridade, respeito as diferenças sejam  parte do dia a dia de cada cidadão.

Aliar os  avanços tecnológicos a esta nova ordem, este talvez seja o  maior desafio e contribuição da chamada geração X.

Pense nisto, sucesso !!!!